Condomínio em Campinas com rachaduras deve ser desocupado.

Condomínio em Campinas reúne rachaduras e problemas estruturais; Defesa Civil recomenda ‘desocupação’.

Conjunto habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida, no Jardim Bassoli, tem trincas e fissuras desde a entrega, em 2012. Escadas precisaram ser escoradas.

Um conjunto habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida, no Jardim Bassoli, em Campinas (SP), reúne sérios problemas estruturais, além de muitas trincas e rachaduras. A Defesa Civil chegou até a recomendar que três blocos sejam “desocupados e desabitados” até que os problemas no imóvel sejam resolvidos. No entanto, os moradores não têm para onde ir e sofrem com a indefinição.

Nos três blocos onde houve a recomendação da Defesa Civil, as escadas precisaram ser escoradas com vigas em todos os andares. Vander Barbosa, morador de um dos 2 mil apartamentos do conjunto, os condôminos chamaram o órgão depois de perceber muitas fissuras nas escadas.

"A Defesa Civil contatou que existe sim risco de desabamento e orientou que a gente fizesse as escoras. Eles pediram para desocupar, mas não tem para onde os moradores irem. Enquanto isso, a gente vai convivendo com o risco", afirmou.

Já Sônia Aparecida Mariano é uma das moradoras mais antigas do local. Ela foi a primeira a entrar quando o conjunto foi entregue em 2012. Segundo ela, os problemas estruturais se multiplicaram ao longo dos anos. As paredes estão mofadas e com muitas trincas e rachaduras.

"A construtora já esteve aqui. Já mexeu, já cortou a janela e água continua entrando. Arrumamos o telhado, contratamos particular, e isso continua acontecendo. A situação está cada vez pior, não estamos vivendo com dignidade", contou.

Avaliação

A EPTV, afiliada da TV Globo, foi até o local acompanhado de um engenheiro civil. O especialista avaliou que, para ter escoramento, a construção não foi feita de maneira correta. Além disso, os blocos estão sem extintor de incêndio e mangueira nos hidrantes.

"Eu não entendo porque nesses prédios não existe escada de fuga para incêndio. Todo prédio particular tem que ter porta corta fogo, o prédio popular deveria ter as mesmas exigências", explicou o engenheiro Paulo Saran.

Histórico

Em 2016, a estrutura do salão de festas desabou após fortes chuvas. As paredes, o telhado e pilares vieram abaixo. Ninguém ficou ferido.

Fonte: g1.globo.com

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